Histerectomia. Este é o nome técnico da cirurgia ginecológica realizada para remoção de útero, trompas e ovários. Trata-se, portanto, de um processo indicado para mulheres com diagnóstico de tumores malignos em órgãos da região pélvica. Exemplos disso são câncer de endométrio, colo uterino ou ovário. Mas a histerectomia também pode ser indicada em casos de alterações pré-malignas, como a hiperplasia endometrial. Além disso, é opção contra doenças benignas que não regridam mediante outros tratamentos – mioma, adenomiose e prolapso genital, por exemplo. Com isso, tanto o tipo de histerectomia quanto o método de abordagem dependem de cada situação e órgão envolvido. Já a recuperação no período pós-operatório costuma variar de três a oito semanas.
Conheça os 3 tipos de histerectomia
Atualmente, são realizados três tipos de histerectomia: total, subtotal e radical. Cada um deles se caracteriza pela retirada de um ou mais órgãos e tecidos, segundo a necessidade de cada paciente.
- A histerectomia total é a opção mais comum e refere-se à retirada do útero e do colo uterino.
- Por sua vez, a histerectomia subtotal (parcial) ocorre quando há remoção apenas do útero. Ou seja, o colo uterino é preservado.
- Já a histerectomia radical envolve um processo maior, sendo eleita principalmente em casos de câncer mais avançado. Nesse caso, podem ser removidos útero, colo uterino, região superior da vagina e parte dos tecidos ao redor desses órgãos.
Além disso, as trompas e os ovários podem ou não ser removidos na cirurgia de histerectomia. Porém, novamente a decisão dependerá das especificidades de cada caso. Aliás, as trompas uterinas são responsáveis por cerca de 70% dos tumores malignos do ovário. Assim, sua retirada pode representar uma medida muito eficaz para diminuir a chance de um tumor maligno de ovário. Já quando a doença é benigna, e a mulher ainda não está na menopausa, recomenda-se preservar os ovários. Principalmente porque a produção hormonal ovariana protege o organismo contra o desenvolvimento de doenças cardíacas e contra a osteoporose. Dessa forma, o assunto deve ser cuidadosamente discutido antes dos procedimentos.
Quais são e como ocorrem os procedimentos
Basicamente, a histerectomia é uma cirurgia realizada em ambiente hospitalar e sob anestesia geral. No entanto, o processo pode ser efetuado de diferentes maneiras, dependendo de algumas variáveis. Assim, devem ser considerados o motivo da operação, o tamanho do útero da paciente e até a experiência do ginecologista.
Histerectomia por laparoscopia
Técnica menos invasiva e de grande precisão, a histerectomia por laparoscopia envolve apenas pequenas incisões na pelve. Além disso, uma microcâmera é introduzida pelo umbigo e permite a identificação com detalhes de todos os órgãos do abdome. Desse modo, o método possibilita o tratamento de outras condições que possam estar associadas ao caso.
Na laparoscopia, o útero é retirado pela vagina, bem como qualquer material proveniente de outros tratamentos – como focos de endometriose. Mesmo úteros de grandes dimensões podem ser operados por essa técnica a partir do uso de um equipamento chamado morcelador. Logo, esse é um processo que costuma ser menos doloroso e com recuperação mais rápida após a cirurgia.
Histerectomia vaginal
A histerectomia vaginal é uma cirurgia totalmente realizada através da vagina, não deixando sinais externos visíveis. Ou seja, o procedimento ocorre sem incisões – e o útero é retirado por via vaginal. Porém, esse método costuma ser utilizado apenas em casos de prolapso uterino.
Uma vez que não há cicatriz, a recuperação no pós-operatório também é mais fácil, menos dolorosa e mais rápida.
Histerectomia por laparotomia
Método mais comum de cirurgia, a histerectomia por laparotomia é indicada para mulheres com útero muito grande. Da mesma forma, indica-se este método para casos de tumores malignos com disseminação da doença pelo abdome.
A cirurgia ocorre por meio de um corte parecido ao de uma cesárea, que pode ser longitudinal ou transversal. Assim, o procedimento é realizado através da visualização e manipulação direta do útero pelo cirurgião.
Cuidados pós-cirúrgicos
Depois de uma histerectomia, é normal sentir cólicas abdominais, ter dificuldades para urinar e um pouco de sangramento pela vagina. Outro sintoma comum que pode durar alguns dias é a constipação intestinal. Por isso, normalmente são prescritos medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos para aliviar a dor e evitar infecções. Ao mesmo tempo, é importante manter repouso, evitar movimentos muito bruscos e relações sexuais por determinado período. Mesmo assim, é importante realizar pequenas caminhadas ao longo do dia, evitando passar todo o tempo deitada.
O que muda após a cirurgia
A histerectomia traz maior qualidade de vida para mulheres que sofrem de hemorragias uterinas anômalas, dores pélvicas e miomas uterinos. Além disso, casos que envolvam a remoção de miomas uterinos volumosos resultam na diminuição do volume abdominal. Consequentemente, após a cirurgia é possível ter uma sensação de emagrecimento.
Quando a mulher é submetida a histerectomia, ela deixa de ter menstruação, já que não possui mais útero. Porém, ainda podem ocorrer pequenos sangramentos mensais caso os ovários tenham sido preservados na cirurgia. Por outro lado, quando os ovários são retirados, mulheres que não se encontravam na menopausa passam a ter sintomas associados. Estes podem incluir calores, insônia, irritabilidade e aumento de peso. Desse modo, em alguns casos é possível que haja a indicação de reposição hormonal com medicação específica.
Outra dúvida de muitas pacientes é como fica sua vida sexual após a histerectomia. Apesar de cada corpo reagir de uma forma diferente, é possível ocorrer alterações de libido e lubrificação vaginal. Logo, a reposição hormonal e o uso de lubrificantes podem ser assuntos abordados com o médico. Afinal, a saúde da mulher precisa ser sempre considerada de maneira global.
Caso deseje esclarecer outras dúvidas sobre a histerectomia, entre em contato pelos fones (51) 3593-1444 ou (51) 99843-1695 (WhatsApp) e agende sua consulta com o Dr. Amadeu Rohnelt Filho. Nosso consultório fica na Av. Dr. Maurício Cardoso, 833/303.